Texto retirado do livro "360º Livro do Professor" de Alfredo Boulos Júnior, parte III, p. 682-683. |
Patrulha da História
domingo, 28 de agosto de 2016
O nazismo na Alemanha
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Releituras sobre a Independência do Brasil
Áurea Achila de Moura 8º 4
Bruno Oliveira Ferreira 8º 3
Douglas Henrique Alves Marques 8º 4
Roney Bruno Oliveira de Jesus 8º 1
Bruno Oliveira Ferreira 8º 3
Douglas Henrique Alves Marques 8º 4
Gabriel Guimarães Matos 8º 3
João Henrique C. da Silva 8º 2
Ketlen Karoline de Paula Gomes 8º 1
Luan Ellyeser de Souza Melo 8º 4
Mariana Magalhães Rocha 8º 1
Yago 8º 5
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Período Regencial
Quando D. Pedro I renunciou em 1831, seu
filho D. Pedro II tinha apenas 5 anos. Como uma criança não poderia governar o
país, este foi comandado (até que D. Pedro II crescesse) pelos regentes.
Inicialmente,
eram três regentes escolhidos pelos deputados e senadores, dividindo o poder.
Depois, o comando passou a ser de um único regente.
Você
se lembra de que, no Primeiro Reinado, D. Pedro I tinha um poder muito
centralizado, isto é, possuía poderes ilimitados, o que o tornava até mesmo
autoritário. Além disso, as províncias brasileiras que não pertenciam ao
Sudeste reclamavam que pagavam impostos e as melhorias aconteciam somente no
Rio de Janeiro e na região Sudeste.
Com
o objetivo de solucionar esses problemas, durante a Regência houve uma certa
descentralização do poder político. Cada província poderia fazer suas próprias
leis. Porém, os governadores das províncias continuaram sendo escolhidos pelos
regentes. A lei que descentralizou o poder foi chamada de Ato Adicional e
ocorreu em 1834.
Nesse
período havia três partidos políticos:
- Os
Restauradores ou Caramurus: composto por comerciantes e militares, queriam
a volta de D. Pedro I ao poder.
- Os
Moderados ou Chimangos: formado pelos fazendeiros, principalmente do
Sudeste, desejavam uma pequena descentralização no país.
- Liberais
Exaltados: constituído pelos latifundiários das províncias distantes do
Rio de Janeiro, defendiam a grande descentralização do país. Apenas uma
minoria dos Exaltados, aqueles apelidados de Jurujubas defendiam a abolição
da escravatura e o sufrágio universa.
Durante a regência,
explodiram várias rebeliões: a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão; a
Sabinada, na Bahia e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Observe que essas
revoltas aconteceram justamente nas províncias distantes do Sudeste. Essas
manifestações defendiam uma descentralização ainda maior e rejeitavam o voto
censitário.
Em muitos momentos,
quando a polícia era enviada para combater esses movimentos, ela se juntava aos
revoltosos, uma vez que os policiais, assim como os manifestantes, também eram
pobres e, por isso, concordavam com as reivindicações dos rebeldes. Desse modo,
ao invés de combater a rebelião, os militares a fortaleciam.
Para evitar que essa
situação continuasse ocorrendo, o governo regencial criou a Guarda Nacional.
Esta era uma milícia formada apenas por homens ricos, os quais em virtude de
não concordarem com as revoltas, não as apoiavam.
É preciso destacar
que as rebeliões regenciais foram uma disputa entre as elites do Nordeste (que
desejavam a descentralização do poder) e as do Sudeste (que queriam a
centralização). O problema é que os grandes proprietários perderam o controle
das revoltas. Para atender as camadas populares, o movimento se radicalizou.
Isso desagradou bastante os latifundiários.
Os fazendeiros
perceberam que eles tinham mais motivos para unir do que para se separar.
Precisavam “chegar a um acordo” para salvar o latifúndio, a escravidão e a
unidade nacional (já que algumas manifestações poderiam originar novos países
como a Cabanagem e a Farroupilha).
Ao analisarem essa
situação, eles chegaram a conclusão de que muitas dessas revoltas aconteciam
porque o poder era descentralizado. Para combatê-las era preciso um poder
forte. Essa centralização do poder é denominada de “Regresso Conservador”.
Mas, quem mandaria em
nosso país? Seria necessário alguém que simbolizasse autoridade, que fosse
respeitado por todos: o imperador. Porém, D. Pedro II tinha apenas 14 anos de
idade. Para que ele pudesse mandar, embora não tivesse idade para isso,
aconteceu o Golpe da Maioridade. A partir desse momento, D. Pedro II passou a
governar o Brasil.
1) Por que os regentes passaram a comandar o
Brasil a partir de 1831?
2) O que foi o Ato Adicional?
3) Quais os partidos políticos existentes
durante o Período Regencial? Que ideias eles defendiam?
4) Comente a seguinte afirmação: “A Guarda
Nacional era composta somente por pessoas pobres”.
5) Explique o significado da palavra
latifundiário.
6) Na opinião dos fazendeiros, qual era a
causa das rebeliões regenciais?
7) O que foi o Regresso Conservador? Por que
ele ocorreu?
8) Explique o que foi o Golpe da Maioridade.
9) Quem passou a comandar o Brasil depois do
Golpe da Maioridade?
Primeiro Reinado
Enquanto o Brasil pertencia a
Portugal, seguia as leis portuguesas. Por isso, tão logo foi proclamada a
Independência do Brasil, reuniu-se uma assembléia para fazer a Constituição de
nosso país.
Nessa época existiam três partidos
políticos: o Português, o Brasileiro e os Radicais. O primeiro desejava que o
imperador tivesse plenos poderes podendo governar praticamente sem nenhum
limite. O segundo representava a maioria dos grandes proprietários. Aceitavam
que o rei tivesse muitos poderes, mas queriam que os deputados tivessem algum
controle sobre eles. Os últimos, por sua vez, queriam uma monarquia
constitucional.
Quando percebeu que as leis elaboradas
pela assembléia constituinte seguiriam as ideias iluministas e, portanto,
limitariam o poder do rei, D. Pedro I fechou essa assembléia e ele mesmo
elaborou a Constituição do Brasil que ficou pronta em 1824. Por esse motivo, a
primeira Constituição do nosso país foi outorgada, isto é, o próprio governante
foi quem fez as leis. Desse modo, nesse período houve uma grande centralização
do poder.
Com o objetivo de aumentar o seu
poder, D. Pedro criou um quarto poder: o Poder Moderador. Porém, na prática,
era como se houvesse apenas um poder, pois tudo que o Executivo, o Legislativo
e o Judiciário realizassem e o monarca não concordasse, seria desfeito.
Deve-se lembrar que, nessa época, o
voto era censitário, ou seja, apenas os ricos votavam. Além disso, o voto era
indireto. O eleitor que possuísse uma determinada renda anual, escolheria um
representante que teria uma renda ainda maior e seria encarregado de votar para
o eleitor.
A
Confederação do Equador
Nós já estudamos que desde a vinda da
família real para o Brasil, o nordeste se sentia prejudicado, uma vez que
pagava impostos que eram usados somente para melhorar o sudeste. Por isso,
algumas províncias do nordeste, em 1817, tentaram formar um país independente e
foram reprimidas.
Muitos líderes da Revolução
Pernambucana de 1817 voltaram a se reunir em 1824. Além dos latifundiários
insatisfeitos com a centralização do Brasil, havia homens das camadas médias e
populares que admiravam os princípios da Revolução Francesa: liberdade,
igualdade e fraternidade. Dentre eles estavam Frei Caneca e Cipriano Barata.
As elites pernambucanas queriam que
o senhor de engenho Manuel Pais de Andrade se tornasse governador. Mas, D.
Pedro I insistiu em nomear um homem de sua confiança. A revolta estourou. De
novo, o sonho das províncias nordestinas de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba de se separarem do Brasil e formarem um novo país veio à tona.
Essa nova nação se chamaria “Confederação do Equador”.
As elites do sudeste, obviamente,
não queriam perder um pedaço do Brasil. E mesmo no nordeste havia grandes
proprietários rurais que preferiam continuar unidos ao governo imperial, pois
ficaram apavorados quando o governo provisório da Confederação do Equador
extinguiu o tráfico de escravos.
D. Pedro I ordenou a repressão, e
tropas terrestres e navios de guerra avançaram sobre Pernambuco. Recife foi
bombardeada, incendiada e saqueada. O comandante naval, o inglês Cochrane,
rumou para o Ceará para esmagar os últimos focos de rebelião. Vitorioso,
aproveitou para tomar o dinheiro público do Ceará antes de fugir para a
Inglaterra.
Vários líderes derrotados foram
executados pelo exército imperial. Frei Caneca foi condenado à forca. Mas
nenhum pernambucano se apresentou para ser o carrasco. Então, ele foi fuzilado
pelo pelotão.
A
economia no Primeiro Reinado
A situação econômica do nosso país era péssima.
D. Pedro I pegou dinheiro emprestado do os banqueiros ingleses para poder pagar
uma indenização a Portugal pelo fim domínio colonial no Brasil. Também gastou
muito dinheiro com o exército e a marinha para combater os rebeldes do Brasil.
Endividado,
o rei mandou fabricar moedas sem valor. Se a moeda estivesse marcada com um
valor de 5 gramas
de cobre, ela tinha sido feita com apenas 2 gramas do metal. Ou
seja, ela não valia o que estava marcado em sua face. Por causa disso, alguns
comerciantes nem queriam receber essas moedas. Então, aumentaram o preço, o que
gerou inflação. A crise foi tão forte que o Banco do Brasil foi à falência.
Para piorar , o país se envolveu na
Guerra da Cisplatina. Quando D. João ainda estava no Brasil, ele enviou tropas
para o território espanhol e incorporou a Cisplatina ao Brasil. O problema é
que os cisplatinos não se sentiam brasileiros: falavam outra língua, o
espanhol; tinham outros hábitos. Durante o Primeiro Reinado, a Argentina entrou
em guerra com o Brasil com o intuito de tomar a Cisplatina. Porém, com o apoio
da Inglaterra, a Cisplatina tornou-se independente com o nome de Uruguai.
A
queda de D. Pedro I
Diante, do autoritarismo político do
imperador e da difícil situação econômica que o país vinha atravessando, os brasileiros
estavam bastante insatisfeitas com o rei. Por esse motivo, em viagem a Minas
Gerais, D. Pedro foi recebido com frieza. As pessoas fecharam as portas e
janelas no momento em que o imperador passava pelas ruas para demonstrarem
descontentamento.
Na volta ao Rio de Janeiro, D. Pedro
foi recebido com festa pelos portugueses. Os brasileiros reagiram. A briga foi
tão feia que foi chamada de “Noite das Garrafadas”.
Diante de tamanha impopularidade, o
rei abdicou em favor de seu filho: D. Pedro II. O problema é que D. Pedro II
tinha apenas cinco anos. Enquanto ele crescia, nosso país foi comandado pelos
regentes (espécie de presidentes).
Exercícios
1)
Qual o objetivo da criação da Assembléia Constituinte?
2)
Explique quais eram os partidos políticos existentes no Primeiro Reinado e
quais idéias eles defendiam.
3)
Por que D. Pedro I criou o Poder Moderador?
4)
Como eram as eleições durante o Primeiro Reinado?
5)
Explique por que a Confederação do Equador praticamente foi uma continuidade da
Revolução Pernambucana de 1817?
6)
Como era a economia durante o Primeiro Reinado?
7)
Por que houve o fim do Primeiro Reinado?
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