quinta-feira, 24 de abril de 2014

O Iluminismo

O Iluminismo

            Entre os anos de 1300 e 1750 (antes do Iluminismo), as pessoas achavam que os reis não erravam, pois acreditavam que eles eram os representantes de Deus na Terra. Como Deus não erra, os reis também eram vistos dessa forma. Portanto, o poder dos governantes era absoluto, ou seja, tudo que ele fizessem estava correto.
            Com o passar do tempo, os homens foram percebendo que o imperador errava. Por esse motivo, passaram a usar a razão para criticar, refletir, e mais importante, impedir que o governante tomasse decisões equivocadas (erradas).
Assim, os homens tiveram a ideia de diminuir o poder real dividindo-o em três partes:
Poder Legislativo – faz as leis. No município, as leis são feitas pelos vereadores; no estado, pelos deputados estaduais e no país pelos deputados federais e senadores.
Poder Executivo – cumpre a lei que o Legislativo fez. Os prefeitos executam as leis que os vereadores elaboraram; os governadores aplicam as leis que os deputados estaduais formularam e o presidente coloca em prática as normas criadas pelos deputados federais e senadores.
Poder Judiciário – atua no caso de brigas entre o Legislativo e o Executivo ou brigas entre os cidadãos.
            Essa ideia de dividir o poder real em três partes foi defendida por Montesquieu.
      Rousseau, outro iluminista, dizia que o governo não era vontade divina e sim dos cidadãos. Portanto, quando a população estivesse insatisfeita com os governantes, poderia retirá-los do poder.
           Dessa forma, podemos concluir que o Iluminismo foi um conjunto de idéias propagadas por filósofos e economistas que, ao usarem a razão, pretendiam mudar a realidade. Afirmavam que muitas pessoas não conseguiam enxergar direito a realidade porque não usavam a razão para criticá-la. Desse modo, os “filósofos das luzes” tinham o objetivo de esclarecer os indivíduos. Para eles, essa era a função da educação. Rousseau falava que ninguém nasce egoísta, mentiroso, covarde. “Os homens são produtos da educação que tiveram e da sociedade em que viveram”.
            Outro iluminista foi Locke que defendia o liberalismo econômico. Para ele, o governo não deveria se intrometer (interferir) nos assuntos econômicos. Assim, o estado não deveria ter empresas. Estas deveriam ser de particulares (privadas).
            Adam Smith tinha ideias muito semelhantes as de Locke. O primeiro dizia que na economia existem leis como a da oferta e da procura (quando há muitas mercadorias para vender o preço baixa, e quando há poucas, aumenta). Portanto, Smith criticava a intervenção do estado na economia e defendia a livre concorrência, a liberdade econômica.
            Para a Ilustração, um governo só seria justo quando garantisse a liberdade e a igualdade de todos perante a lei. Por esse motivo, a “Filosofia das Luzes” odiava a Inquisição (que punia os inimigos da Igreja). Os iluministas diziam que qualquer indivíduo tinha direito de escolher a sua religião. Poderiam também ter suas próprias opiniões políticas. Por isso, Voltaire gostava de dizer: “Não concordo com uma só palavra que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de falar livremente.”

Exercícios:
1) Como era o poder do rei antes do Iluminismo?
2) O que Montesquieu sugeriu para diminuir o poder do rei?
3) Explique o que fazem os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
4) Quem é o representante do poder Legislativo no Estado?
5) Quem é o representante do poder Executivo no país?
6) Explique as duas ideias defendidas por Rousseau.
7) Cite a ideia de Voltaire.
8) Explique a Lei da Oferta e da Procura.
9) Diga por que, segundo Locke, o Estado não deveria se intrometer na economia.