Quando D. Pedro I renunciou em 1831, seu
filho D. Pedro II tinha apenas 5 anos. Como uma criança não poderia governar o
país, este foi comandado (até que D. Pedro II crescesse) pelos regentes.
Inicialmente,
eram três regentes escolhidos pelos deputados e senadores, dividindo o poder.
Depois, o comando passou a ser de um único regente.
Você
se lembra de que, no Primeiro Reinado, D. Pedro I tinha um poder muito
centralizado, isto é, possuía poderes ilimitados, o que o tornava até mesmo
autoritário. Além disso, as províncias brasileiras que não pertenciam ao
Sudeste reclamavam que pagavam impostos e as melhorias aconteciam somente no
Rio de Janeiro e na região Sudeste.
Com
o objetivo de solucionar esses problemas, durante a Regência houve uma certa
descentralização do poder político. Cada província poderia fazer suas próprias
leis. Porém, os governadores das províncias continuaram sendo escolhidos pelos
regentes. A lei que descentralizou o poder foi chamada de Ato Adicional e
ocorreu em 1834.
Nesse
período havia três partidos políticos:
- Os
Restauradores ou Caramurus: composto por comerciantes e militares, queriam
a volta de D. Pedro I ao poder.
- Os
Moderados ou Chimangos: formado pelos fazendeiros, principalmente do
Sudeste, desejavam uma pequena descentralização no país.
- Liberais
Exaltados: constituído pelos latifundiários das províncias distantes do
Rio de Janeiro, defendiam a grande descentralização do país. Apenas uma
minoria dos Exaltados, aqueles apelidados de Jurujubas defendiam a abolição
da escravatura e o sufrágio universa.
Durante a regência,
explodiram várias rebeliões: a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão; a
Sabinada, na Bahia e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Observe que essas
revoltas aconteceram justamente nas províncias distantes do Sudeste. Essas
manifestações defendiam uma descentralização ainda maior e rejeitavam o voto
censitário.
Em muitos momentos,
quando a polícia era enviada para combater esses movimentos, ela se juntava aos
revoltosos, uma vez que os policiais, assim como os manifestantes, também eram
pobres e, por isso, concordavam com as reivindicações dos rebeldes. Desse modo,
ao invés de combater a rebelião, os militares a fortaleciam.
Para evitar que essa
situação continuasse ocorrendo, o governo regencial criou a Guarda Nacional.
Esta era uma milícia formada apenas por homens ricos, os quais em virtude de
não concordarem com as revoltas, não as apoiavam.
É preciso destacar
que as rebeliões regenciais foram uma disputa entre as elites do Nordeste (que
desejavam a descentralização do poder) e as do Sudeste (que queriam a
centralização). O problema é que os grandes proprietários perderam o controle
das revoltas. Para atender as camadas populares, o movimento se radicalizou.
Isso desagradou bastante os latifundiários.
Os fazendeiros
perceberam que eles tinham mais motivos para unir do que para se separar.
Precisavam “chegar a um acordo” para salvar o latifúndio, a escravidão e a
unidade nacional (já que algumas manifestações poderiam originar novos países
como a Cabanagem e a Farroupilha).
Ao analisarem essa
situação, eles chegaram a conclusão de que muitas dessas revoltas aconteciam
porque o poder era descentralizado. Para combatê-las era preciso um poder
forte. Essa centralização do poder é denominada de “Regresso Conservador”.
Mas, quem mandaria em
nosso país? Seria necessário alguém que simbolizasse autoridade, que fosse
respeitado por todos: o imperador. Porém, D. Pedro II tinha apenas 14 anos de
idade. Para que ele pudesse mandar, embora não tivesse idade para isso,
aconteceu o Golpe da Maioridade. A partir desse momento, D. Pedro II passou a
governar o Brasil.
1) Por que os regentes passaram a comandar o
Brasil a partir de 1831?
2) O que foi o Ato Adicional?
3) Quais os partidos políticos existentes
durante o Período Regencial? Que ideias eles defendiam?
4) Comente a seguinte afirmação: “A Guarda
Nacional era composta somente por pessoas pobres”.
5) Explique o significado da palavra
latifundiário.
6) Na opinião dos fazendeiros, qual era a
causa das rebeliões regenciais?
7) O que foi o Regresso Conservador? Por que
ele ocorreu?
8) Explique o que foi o Golpe da Maioridade.
9) Quem passou a comandar o Brasil depois do
Golpe da Maioridade?
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