domingo, 30 de agosto de 2015

Capitalismo e Socialismo

Capitalismo
            No sistema capitalista, o objetivo da economia é fabricar produtos que serão vendidos. Por isso, o capital (dinheiro) é muito importante, pois é ele que permite a compra de mercadorias. O burguês é aquele que possui capital suficiente para montar uma empresa particular (privada). Aqueles que não dispõem de dinheiro para montar seu próprio negócio são obrigados a “vender” a sua força de trabalho. Tudo é comprado e vendido, inclusive a capacidade de trabalhar.
            É importante ressaltar que a burguesia, sempre que possível, amplia o seu negócio: substitui máquinas antigas por modernas. Assim, são produzidas mais mercadorias do que o necessário para o próprio consumo. Por esse motivo, a propaganda possui grande importância no sistema capitalista. Isto porque a função dela é convencer o comprador de que ele precisa de novos produtos, de mercadorias mais modernas, que são produzidas com uma tecnologia mais avançada. As propagandas têm tanta eficácia que muitas pessoas acreditam que o importante é aquilo que elas têm, o que leva muitos a comprar compulsivamente.
            Segundo Karl Marx – criador do socialismo – o Estado é o “Comitê Executivo da Burguesia”, isto é, os governantes defendem os interesses apenas dos ricos.
            Para Marx, o capitalismo é injusto porque só haveria um meio da burguesia lucrar: explorando a força de trabalho do proletariado. Ou seja, não existem bons ou maus patrões. O capitalista é obrigado a explorar seus empregados. Caso contrário, não terá lucros e irá à falência. Portanto, a exploração capitalista é inevitável.
            Para o autor de “O Capital”, o capitalismo também é irracional, pois milhões de pessoas trabalham enquanto somente uns poucos ficam cada vez mais ricos.
            Além disso, há muita gente miserável, enquanto os ricos desperdiçam fortunas com o luxo – desigualdade social. É preciso ainda dizer que as fábricas destroem a natureza e provocam doenças porque os empresários não aceitam diminuir seus lucros.

O socialismo
            Para Marx, o capitalismo é tão explorador, desumano e irracional por causa da propriedade privada. Como os burgueses são donos dos meios de produção (das fábricas, das minas, terras, bancos e empresas), eles submetem milhões de trabalhadores. Assim, o capitalismo precisa ser destruído para que os trabalhadores se tornem donos de tudo. O proletariado deve expropriar a burguesia, isto é, tomar dela todos os seus bens. Na nova sociedade, as terras e as empresas pertenceriam à coletividade. Tudo seria de todos e os frutos distribuídos de acordo com o trabalho de cada um. Ninguém teria condições de explorar os outros. Assim, no socialismo há igualdade.
            O capitalismo desenvolveu tanto as forças econômicas que, pela primeira vez, já havia condições de alimentar, vestir e abrigar todas as pessoas. O problema é que, apesar de tanto poder econômico, a maioria da sociedade continua esfarrapada e sem casa decente, ou seja, o capitalismo foi bom para criar riquezas, mas não para distribuí-las. Portanto, Marx e Engels concluíram que seria preciso reorganizar a sociedade para que a economia continuasse crescendo e toda a sociedade pudesse usufruir dos benefícios desse desenvolvimento. Ao invés de uma sociedade baseada na propriedade privada e nos lucros de alguns indivíduos, uma sociedade baseada na propriedade coletiva e no bem-estar de todas as pessoas.
            Essas mudanças seriam provocadas pela luta de classe, ou seja, pelo confronto entre a burguesia e os trabalhadores. Dessa forma, o proletariado tem uma missão histórica: destruir o capitalismo e organizar a sociedade socialista.

            Porém, nem sempre o proletariado está preparado para cumprir esse papel tão importante. A partir do momento em que os trabalhadores tivessem consciência dessa função (consciência de classe), a sociedade se modificaria.

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