Capitalismo
No sistema capitalista, o objetivo
da economia é fabricar produtos que serão vendidos. Por isso, o capital
(dinheiro) é muito importante, pois é ele que permite a compra de mercadorias.
O burguês é aquele que possui capital suficiente para montar uma empresa
particular (privada). Aqueles que não dispõem de dinheiro para montar seu
próprio negócio são obrigados a “vender” a sua força de trabalho. Tudo é
comprado e vendido, inclusive a capacidade de trabalhar.
É importante ressaltar que a burguesia,
sempre que possível, amplia o seu negócio: substitui máquinas antigas por
modernas. Assim, são produzidas mais mercadorias do que o necessário para o
próprio consumo. Por esse motivo, a propaganda possui grande importância no
sistema capitalista. Isto porque a função dela é convencer o comprador de que
ele precisa de novos produtos, de mercadorias mais modernas, que são produzidas
com uma tecnologia mais avançada. As propagandas têm tanta eficácia que muitas
pessoas acreditam que o importante é aquilo que elas têm, o que leva muitos a
comprar compulsivamente.
Segundo Karl Marx – criador do
socialismo – o Estado é o “Comitê Executivo da Burguesia”, isto é, os
governantes defendem os interesses apenas dos ricos.
Para Marx, o capitalismo é injusto
porque só haveria um meio da burguesia lucrar: explorando a força de trabalho
do proletariado. Ou seja, não existem bons ou maus patrões. O capitalista é
obrigado a explorar seus empregados. Caso contrário, não terá lucros e irá à
falência. Portanto, a exploração capitalista é inevitável.
Para o autor de “O Capital”, o
capitalismo também é irracional, pois milhões de pessoas trabalham enquanto
somente uns poucos ficam cada vez mais ricos.
Além disso, há muita gente
miserável, enquanto os ricos desperdiçam fortunas com o luxo – desigualdade
social. É preciso ainda dizer que as fábricas destroem a natureza e provocam
doenças porque os empresários não aceitam diminuir seus lucros.
O socialismo
Para Marx, o capitalismo é tão
explorador, desumano e irracional por causa da propriedade privada. Como os
burgueses são donos dos meios de produção (das fábricas, das minas, terras,
bancos e empresas), eles submetem milhões de trabalhadores. Assim, o
capitalismo precisa ser destruído para que os trabalhadores se tornem donos de
tudo. O proletariado deve expropriar a burguesia, isto é, tomar dela todos os
seus bens. Na nova sociedade, as terras e as empresas pertenceriam à
coletividade. Tudo seria de todos e os frutos distribuídos de acordo com o
trabalho de cada um. Ninguém teria condições de explorar os outros. Assim, no
socialismo há igualdade.
O capitalismo desenvolveu tanto as
forças econômicas que, pela primeira vez, já havia condições de alimentar,
vestir e abrigar todas as pessoas. O problema é que, apesar de tanto poder
econômico, a maioria da sociedade continua esfarrapada e sem casa decente, ou
seja, o capitalismo foi bom para criar riquezas, mas não para distribuí-las.
Portanto, Marx e Engels concluíram que seria preciso reorganizar a sociedade
para que a economia continuasse crescendo e toda a sociedade pudesse usufruir
dos benefícios desse desenvolvimento. Ao invés de uma sociedade baseada na
propriedade privada e nos lucros de alguns indivíduos, uma sociedade baseada na
propriedade coletiva e no bem-estar de todas as pessoas.
Essas mudanças seriam provocadas
pela luta de classe, ou seja, pelo confronto entre a burguesia e os
trabalhadores. Dessa forma, o proletariado tem uma missão histórica: destruir o
capitalismo e organizar a sociedade socialista.
Porém, nem sempre o proletariado
está preparado para cumprir esse papel tão importante. A partir do momento em
que os trabalhadores tivessem consciência dessa função (consciência de classe),
a sociedade se modificaria.
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