sábado, 9 de maio de 2015

O período minerador

          A descoberta do ouro atraiu muitas pessoas para a região mineradora. Para cá vieram não só pessoas de outras regiões do país, mas também de Portugal.
            Porém, esse aumento rápido de população na região das Minas trouxe alguns problemas: a falta de alimentos e, consequentemente, o aumento do preços dos mesmos, a ausência de moradia e guerra. Esta última ocorreu em virtude do desentendimento entre os bandeirantes paulistas e os portugueses sobre quem seria dono da região mineradora. O nome dado a esse conflito foi Guerra dos Emboabas.
            Assim que o ouro fosse descoberto, quem o encontrasse deveria imediatamente comunicar a coroa. Aquele que encontrasse o ouro teria direito de escolher um lote (data). Os outros lotes seriam distribuídos para quem quisesse explorar. Mas, os lotes de maior tamanho seriam entregues aos proprietários de muitos escravos.
            Portanto, apesar da mineração oferecer aos pobres a possibilidade de enriquecimento, quem mais ganhava dinheiro era os ricos, ou seja, os donos de escravos.

O quinto
            Para arrecadar o ouro, o governo criou vários impostos. Um deles era que aqueles que descobrissem este metal deveriam retirar um quinto dele e enviá-lo a Portugal. Insatisfeitos com esse imposto, as pessoas acabavam escondendo o ouro dentro dos santos, em várias partes do corpo ou até mesmo engolindo-o.

A transferência da capital, a Casa de Fundição e o Caminho Novo
            Esta saída clandestina de ouro do Brasil incomodava bastante Portugal. Para evitar este problema, o governo lusitano adotou várias medidas. Uma delas foi transferir a capital de Salvador para o Rio de Janeiro. Como o Rio fica mais próximo da região das Minas do que Salvador, haveria um maior controle sobre a região mineradora.  Além disso, criou a Casa de Fundição.  A partir deste momento, todo o ouro encontrado deveria ser enviado para este local e lá era retirado o quinto. Criou também o Caminho Novo que era bastante vigiado e determinou que todas as pessoas que iriam para o Rio de Janeiro deveriam passar por este caminho. 

O Tratado de Methuen
            Esse tratado estabeleceu que Portugal compraria tecido da Inglaterra e os ingleses comprariam o vinho dos lusitanos. No entanto, os gastos de Portugal com os tecidos ingleses eram muito maiores do que os gastos da Inglaterra com os vinhos de Portugal. Afinal, as pessoas precisavam mais de roupa do que de vinho. Assim, os portugueses passaram a dever os ingleses. Esta dívida foi paga com parte do ouro do Brasil.

A Inconfidência Mineira
            Nós já estudamos que Portugal cobrava muitos impostos na área mineradora do Brasil. Para piorar as coisas, a Metrópole determinou que a colônia deveria pagar, todos os anos, 100 arrobas de ouro, isto é, 1.500 Kg.
            O problema é que a partir de 1750 a quantidade de ouro diminuiu. As pessoas que aqui mineravam não conseguiam pagar as 100 arrobas anuais. Ficavam sempre devendo uma quantidade que ia aumentando ano após ano.

            A qualquer momento, o rei poderia decretar a derrama, ou seja, a cobrança dos impostos atrasados. Com medo dessa cobrança, alguns homens começaram a pensar: “E se Minas Gerais ficasse livre de Portugal?” Dessa forma, a Inconfidência Mineira foi o plano de libertar Minas de Portugal para que não tivéssemos mais que pagar impostos a esse país. 

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